Produção técnico-científica e intelectual dos colaboradores do Inep
URI Permanente desta comunidadehttps://hdl.handle.net/20.500.14135/631
Navegar
14 resultados
Resultados da Busca
Tese O Saeb na percepção dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental: desafios e possibilidades em Matemática(2022-04-12) Pereira, Cátia Maria Machado da Costa; Moreira, Geraldo EustáquioO objetivo da presente pesquisa foi analisar a percepção que o professor alfabetizador, dos anos iniciais do ensino fundamental, de escolas públicas do Distrito Federal, tem sobre a avaliação do Saeb 2º ano do ensino fundamental e de sua devolutiva do resultado do teste de Matemática em termos de desafios e possibilidades para uso no ensino da Matemática em sua prática pedagógica. O percurso teórico-metodológico adotado, com análise abrigada na perspectiva da percepção de Maurice Merleau-Ponty, estrutura-se em estudos com foco na Educação, na abordagem qualitativa, estudo de caso e do uso de diferentes fontes para viabilizar a triangulação dos dados. Para a construção dos dados foi aplicado o questionário online, realizada a entrevista projetiva por videoconferência, uso de gravação e filmagem na observação para encadeamento da triangulação, e para elucidar a participação de escola na amostra de aplicação de 2019, agregar mais informações foram feitas consultas às bases de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. A pesquisa revelou que as avaliações em larga escala têm sido consideradas importantes auxílios nas diretrizes do contexto educativo, os resultados usados por gestores e professores no planejamento pedagógico das escolas e das salas de aulas, promovendo no contexto escolar, reflexão pedagógica coletiva e individual. Foram encontrados, também, indícios de haver uso dos resultados do Saeb, por gestor escolar, no sentido de responsabilizar os professores pelo desempenho dos estudantes. É possível inferir que a opinião de aceitação ou rejeição dos professores às avaliações em larga escala depende da forma que esta, é conduzida e aproveitada no contexto escolar. Os resultados apontam evidências que as professoras, ao analisarem os itens do eixo do conhecimento Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas e Probabilidade e Estatística, emitirem parecer de ser fácil, médio ou difícil para os alunos do 2º ano do ensino fundamental, e argumentarem sobre a hipótese de raciocínio usada pelo estudante na escolha do distrator, expressaram percebê-lo como uma informação pedagógica útil à prática docente. A percepção das professoras, revelada sobre o Saeb 2º ano do ensino fundamental, sinaliza que é importante influência na prática pedagógica e inspiração para incorporar mudanças na forma de ensinar Matemática. Os desafios enfrentados pelas professoras são de diversas dimensões, desde acesso às informações corretas e confiáveis, comunicação aligeirada, formação inicial deficitária em Matemática (curso de Pedagogia), até lacuna para compreender os pressupostos da avaliação, os dados estatísticos, as informações de estatística descritiva. As possibilidades para usarem os resultados de Matemática do Saeb 2º ano do ensino fundamental em seu trabalho pedagógico foram elencadas como o uso em análise de desempenho dos estudantes para reflexões e auxílio em novas propostas pedagógicas. Finalizando, visto a ausência no debate brasileiro de estudos que investiguem mudanças positivas no âmbito das disciplinas, geradas pelos resultados das avaliações em larga escala, guarda-se a esperança que novas investigações sejam realizadas, pois entende-se que para a compreensão acerca de como o Saeb 2º ano do ensino fundamental e a devolutiva de seu resultado influenciará (ou não) a prática docente, ainda há muito para ser desvelado.Tese Um pé na cozinha:(2021-07) Machado, Taís de Sant'Anna; Bernardino-Costa, JoazeEsta pesquisa é uma análise social e crítica sobre a história de longa duração do trabalho culinário de mulheres negras no Brasil. A cozinha e o trabalho executado nesse espaço são pensados como ferramentas de entendimento das hierarquias da sociedade brasileira, a partir de histórias de vida de cozinheiras negras. Neste sentido, esta tese é composta por uma investigação, desde o século XVIII até a atualidade, dos processos históricos, econômicos e políticos que resultaram na naturalização da presença de mulheres negras neste espaço, refletida na expressão popular um pé na cozinha e no estereótipo da mãe preta cozinheira. Assim, exponho os detalhes das relações de poder e de violência que se estabelecem na cozinha entre senhores e patrões brancos e trabalhadoras negras, além do caráter essencial de um ofício que permite a acumulação de capital e a manutenção de um estilo de vida de classes médias e altas na medida em que mantém cozinheiras negras trabalhando em condições exaustivas, precárias e miseravelmente remuneradas. Pensando na longevidade dessa estrutura, também analiso como os mecanismos de exclusão de mulheres negras no mercado de trabalho e a existência de uma etiqueta racial profissional, na qual devem se encaixar, permanecem se atualizando até a contemporaneidade, tendo a gastronomia e os relatos de chefs de cozinha negras como foco. Contudo, considerando seu confinamento à cozinha, é parte fundamental deste trabalho refletir sobre esse lugar enquanto um espaço geográfico de mulheres negras, que permite ampliar as definições de agência e de resistência com base em suas experiências. Dessa forma, analiso o trabalho culinário como recurso de ação social e política dessas trabalhadoras, considerando a forma como ousam se definir a despeito e a partir dele e os diversos modos com os quais o utilizam para construir e manter laços familiares e comunitários na população negra. Ademais, proponho pensar como cozinheiras negras são forçadas a ser analistas perspicazes do contexto em que vivem em prol de sua sobrevivência e dos seus e, nesse sentido, agem estrategicamente e produzem percepções sociais críticas que evidenciam a estrutura racial, de gênero e de classe que fundamenta a sociedade brasileira. Para analisar estas questões, construo uma história social e crítica do trabalho de mulheres negras na cozinha a partir de processos históricos mais amplos e trajetórias individuais, que tem como base registros e rastros biográficos diversos e entrevistas com cozinheiras e chefs de cozinha negras. A análise sócio-histórica do trabalho se baseia nas contribuições do campo da epistemologia feminista negra, da historiografia que tem como foco a agência de mulheres negras e dos estudos críticos e interseccionais sobre alimentação.Tese O acesso, ao inverso: desigualdades à sombra da expansão do ensino superior brasileiro, 1991-2020(2021-11-25) Senkevics, Adriano Souza; Carvalho, Marília Pinto deNas últimas três décadas, vivenciou-se uma expansão sem precedentes de matrículas na educação superior no Brasil, a qual, em conjunto com políticas inclusivas nos setores público e privado, resultou em uma oferta cada vez mais ampliada e em um perfil discente cada vez mais diverso. No entanto, sob a égide da democratização de oportunidades educacionais, o País fabricou uma geração de jovens que foi encontrando um ensino superior gradativamente mais disputado, dentro do qual persistem mecanismos de produção e reprodução de disparidades sociais. Nunca tivemos tantos jovens dentro do sistema e, paradoxalmente, outros tantos do lado de fora. Investigar as transformações no acesso à graduação no período de 1991 a 2020 é o objetivo deste estudo. Para tanto, esta pesquisa se baseia em metodologias mistas e é organizada em três níveis de análise: macro, meso e microssociológico. No nível macro, analiso dados educacionais de todo o período para caracterizar as grandes transformações no acesso, oferta e demanda por educação superior no Brasil. Concluo que há cinco tendências democratização do acesso, instituição de ações afirmativas, desequilíbrio público-privado, ampliação do ensino a distância e estratificação horizontal e que o pro- cesso de expansão, embora tenha beneficiado as camadas sociais mais privilegiadas em um primeiro momento, tem promovido o ingresso dos menos privilegiados nos tempos recentes, com consequências sobre as oportunidades e sobre as desigualdades de acesso. Já o nível meso mobiliza um painel de egressos do ensino médio acompanhados entre 2012 e 2017, com base em cruzamentos de dados educacionais, e permite discutir os efeitos da origem social e do desempenho sobre a transição médio-superior, além de investigar para quem e em quais circunstâncias o desempenho importa como um preditor do ingresso. Concluo que jovens de origem privilegiada se beneficiam de estratégias de admissão menos dependentes da nota, viabilizadas por meio das instituições privadas, em um fenômeno conhecido na literatura como vantagens compensatórias; em contrapartida, entre os candidatos mais pobres, a única forma de ingresso é por meio de notas altas nos processos seletivos. Logo, recaem sobre estes o maior bônus pelo seu elevado desempenho e o maior ônus quando este não é alcançado. Por fim, o nível micro baseia-se em um trabalho de campo realizado em Brasília (DF) que contou com a aplicação de questionários em cursos pré-vestibulares comunitários a fim de selecionar vinte vestibulandos para entrevistas mediante roteiro semiestruturado. As vivências desses jovens permitem descrever a percepção de um choque de realidade após a conclusão do ensino médio, fruto de um desajuste entre o ofício de aluno que exerciam anteriormente e o que caracterizo como um ofício de vestibulando. A partir dessa fricção de lógicas de ação, concluo que os jovens estão expostos a duas perspectivas distintas: a meritocracia e o pragmatismo. Finalmente, essa discussão elucida de que forma o processo de expansão respondeu por uma alteração na maneira pela qual o próprio direito à educação é entendido.Tese Políticas de não-repetência na educação básica brasileira: impactos na trajetória escolar e na proficiência dos alunos(2020) Machado, Melissa Riani Costa; Vasconcelos, Ana Maria NogalesPesquisas realizadas pelo IBGE e pelo Inep indicam a manutenção de desigualdades escolares nas etapas que compõem a educação obrigatória. Ainda que, ao menos no ensino fundamental, o acesso possa ser considerado universalizado, as trajetórias escolares percorridas pelos alunos e o aprendizado alcançado continuam apresentando importantes diferenças nos diversos grupos sociais. Inúmeros trabalhos da literatura brasileira e estrangeira demonstram que a reprovação tem sido pouco eficaz, e acaba expulsando os alunos do sistema formal de ensino após múltiplas repetências. O objetivo geral desta tese é contribuir para a discussão sobre a relação entre a adoção de políticas de não-repetência pelos sistemas estaduais de ensino no Brasil e a garantia de acesso integral e universal à educação obrigatória, o que inclui a sua conclusão, de preferência na idade esperada, e a obtenção de níveis adequados de aprendizado, independentemente do grupo social no qual o aluno está inserido. Para alcançar o objetivo proposto, foram realizados três artigos acadêmicos. O primeiro deles, uma revisão da literatura brasileira, apresenta uma delimitação de conceitos relacionados às políticas de não-repetência e investiga os principais achados de artigos que avaliaram experiências de implantação dessas medidas no Brasil. No segundo, examinamos a legislação que regulamenta as políticas de não-repetência nos sistemas estaduais de ensino das 27 UFs brasileiras, as taxas de reprovação dos alunos ao longo da educação básica nas escolas estaduais de cada UF e as respostas dessas escolas a respeito da forma de organização do ensino fundamental. Por fim, no terceiro artigo, realizamos uma análise exploratória dos dados das coortes de alunos dos sistemas estaduais de ensino de São Paulo e do Mato Grosso (que adotam a progressão continuada ao longo dos anos finais do ensino fundamental), em comparação com os dados das redes estaduais do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul (que não adotam a medida nesse nível de ensino). Utilizando informações do Censo Escolar, acompanhamos a trajetória escolar dos estudantes de 2013 a 2017. Por meio dos dados das edições da Prova Brasil de 2013 e de 2017, analisamos a proficiência em língua portuguesa e em matemática alcançada pelos alunos que percorreram trajetória escolar regular. Os resultados mostram que a progressão continuada foi eficaz em aumentar a proporção de alunos com trajetória escolar regular e diminuiu as desigualdades de trajetória associadas às características pessoais e sociais dos estudantes. E, ainda que sozinha não tenha sido suficiente para promover a melhoria da qualidade do ensino ofertado e garantir que os alunos atinjam proficiências consideradas adequadas, a média do ganho de proficiência do 5o para o 9o ano do ensino fundamental, tanto em língua portuguesa quanto em matemática, foi, de forma geral, superior nos sistemas estaduais de ensino que adotam a política de progressão continuada. Esse achado coloca em xeque algumas afirmativas enraizadas na cultura da repetência, de que a progressão de alunos com um nível de aprendizado abaixo do esperado prejudicaria o ambiente escolar e de que os estudantes não se comprometeriam com os estudos.Dissertação A alta taxa de abstenção (ausência) do participante ao Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (ENCCEJA)(2020-12-17) Rocha, Rita Lemos; Rocha, Rita LemosA presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAED) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A pesquisa analisa os fatores de abstenção de candidatos no Exame Nacional para a Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA), relacionados à logística de aplicação, e propõe medidas para amenizar esse fenômeno. Buscou-se investigar quais são os fatores (ou motivos) que impedem os participantes de irem à escola realizar a prova do ENCCEJA. Como objetivos específicos determinamos: (i) descrever os processos envolvidos na logística de aplicação do ENCCEJA; (ii) refletir sobre os dados da abstenção nas avaliações do ENCCEJA; (iii) compreender os principais motivos que levam à abstenção; e (iv) elaborar um Plano de Ação Educacional (PAE) com propostas para a melhoria na logística de aplicação da prova, no sentido de diminuir a alta taxa de abstenção no Exame. Adotou-se o método de análise de documentos internos do INEP, que foram as justificativas de solicitação de isenção da taxa de pagamento para a realização do ENCCEJA, em 2019, e a análise das solicitações para a reaplicação da prova, em que o participante acessou a página e fez sua justificativa e solicitação. Todos esses fatores foram analisados para encontrar respostas que justificassem a abstenção no Exame. Por meio das análises de solicitação de isenção e reaplicação da prova foi constatado que o motivo mais provável pelo não comparecimento à escola para a realização do Exame é de ordem pessoal, como a dificuldade em se adequar aos deveres e as obrigações que a vida adulta impõe, com a vontade individual de concluir os estudos. Como fatores internos, constatou-se que adotar melhorias relacionadas à logística de aplicação do Exame, como uma divulgação mais ampla; envolver mais as Secretarias de Educação dos Estados e municípios na divulgação e realização da inscrição; providenciar que os meios de transporte no dia da prova respeitem os horários de circulação, como em dia útil; que o MEC possa oferecer a passagem gratuita e o lanche escolar no dia de prova, dentre outros. Por fim, exibiu-se um PAE com ações para a logística de aplicação do INEP no sentido de amenizar a abstenção no Exame, que, provavelmente serão benéficas para o participante. Até a presente data não foram visualizados estudos e pesquisas que tenham comprovado o motivo que justifique a abstenção no ENCCEJA.Dissertação A subrepresentação de mulheres no ingresso à educação superior brasileira em ciências, tecnologias, engenharias e matemática (CTEM) neste século(2020-11) Almeida, Nuzyare Moura de; CasacaEste estudo visa a apresentar a evolução do ingresso de mulheres na educação superior brasileira em cursos nas áreas de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (CTEM), no período de 2000 a 2018, com base em dados oficiais coletados anualmente através do Censo da Educação Superior. Também se buscou apresentar a realidade brasileira nesta seara, através de compromissos internacionalmente assumidos, de políticas públicas que integram educação e gênero/educação e CTEM e do envolvimento de outros atores e atrizes na defesa destes fatores estratégicos para o desenvolvimento, sobretudo em seu caráter humano. A incipiência da temática CTEM no mundo ainda é um obstáculo para a compreensão da necessidade de maior atenção à questão, associada à influência da ordem de gênero atualmente vigente na sociedade, sobretudo em seus aspectos individuais, familiares, escolares e socioculturais. As principais conclusões deste TFM evidenciam a subrepresentação feminina no ingresso ao ensino superior nas áreas do conhecimento socialmente consideradas mais duras e mais adequadas aos homens. Assim sucede fundamentalmente com as áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação e Engenharias.Dissertação Efetividade de processos de coaching: uma proposta de avaliação(2020-01) Coutinho, Natassia Costa Leite; Borges-Andrade, Jairo EduardoContextos de rápidas e imprevisíveis transformações demandam o desenvolvimento de competências para lidar com diversos desafios. As organizações necessitam de profissionais extremamente competentes. Pessoas buscam processos de coaching visando desenvolver competências e felicidade. Uma revisão rápida de literatura concluiu que poucos estudos com alta qualidade metodológica investigaram a efetividade desses processos. Este estudo objetivou construir uma medida dessa efetividade. Os itens criados para o Instrumento de Efetividade de Processos de Coaching (IEPC) foram semanticamente analisados por juízes leigos e especialistas e aplicados em 263 pessoas. A Análise Fatorial Exploratória revelou uma solução de três fatores de avaliação dessa efetividade (competências do coach, ambiente e efeitos percebidos) com ótimas evidências de validade. Correlações, Testes T e ANOVAS foram calculadas, com escores desses fatores e características individuais. Os efeitos percebidos são significativamente mais elevados entre coachees religiosos, de menor escolaridade e quando a avaliação é realizada em até três meses da intervenção. Servidores públicos coachees fazem avaliações significativamente menos positivas do ambiente. A instituição formadora dos coaches pode influenciar significativamente as avaliações do IEPC. Esses achados ainda são inconclusivos. Para confirmá-los é recomendada a utilização deste Instrumento em outras amostras. Há necessidade de outros estudos, para concluir algo sobre efetividade de coaching.Dissertação Um estudo sobre o plano amostral do SAEB(2020-11-03) Lustosa, Laene Ascenso; Vieira, Marcel de ToledoA presente dissertação foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF). O caso de gestão estudado discutiu alguns aspectos do processo de coleta de dados do Saeb, mais especificamente no que diz respeito ao plano amostral e à estimação dos resultados, a fim de responder à seguinte pergunta: diante das diversas mudanças nos elementos que orientam o processo de coleta de dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) desde a sua criação, o modelo adotado ainda se mostra adequado? Portanto, foi estabelecido como objetivo desta dissertação avaliar o plano amostral do Saeb e como se dá a estimação dos seus resultados, a fim de identificar oportunidades de melhorias nas metodologias adotadas. Para alcançar esse objetivo, a dissertação apresentou o histórico de reformas educacionais ocorridas internacionalmente e como esse movimento influenciou o surgimento da avaliação em larga escala no mundo, e sua chegada ao Brasil dando origem ao Saeb. Além disso, foi estudado o histórico de evolução do Saeb e seu plano amostral para entender o cálculo e a expansão dos resultados com base no plano amostral atual, a fim de identificar limitações desse processo. A partir daí, foi possível propor estratégias para minimizar os efeitos das limitações identificadas tornando o Saeb mais adequado à avaliação educacional em larga escala no Brasil. Como hipótese, assumiu-se que, depois de passar por diversas modificações, o plano amostral do Saeb precisaria ser estudado e avaliado para entender elementos que poderiam ser atualizados nesse modelo. Para tanto, a metodologia adotada é a revisão bibliográfica e documental, seguida de análise de dados coletados pelo Saeb 2017 com uso de simulação para medir eficiência do plano amostral atual por meio de comparação de resultados estimados a partir de Amostragem com os resultados obtidos na aplicação censitária. A comparação entre diferentes metodologias de estimação de variância para o cálculo do tamanho da amostra mostrou que a metodologia adotada atualmente é eficiente e adequada, mas que há espaço para a promoção de melhorias no plano amostral. Também se assumiu que o Saeb, como avaliação em larga escala, apresenta características e limitações intrínsecas a esse modelo de avaliação. O conhecimento desse contexto conduziu à identificação de oportunidades de melhoria no modelo da avaliação e à elaboração de um plano de ação pautado na implementação de mudanças que possibilitem uma evolução do Saeb. Assim, foram propostas ações voltadas para o aperfeiçoamento do plano amostral, para a ampliação do ciclo de coleta de dados visando ao aprofundamento das informações obtidas e para o fornecimento de mais insumos de contextualização dos resultados da avaliação.Dissertação A presença e a abordagem da Sociologia no Exame Nacional do Ensino Médio a partir das diretrizes e orientações curriculares oficiais para a disciplina(2020-07-17) Ribeiro, Flávia Ghignone Braga; Oliveira, Rafaela Reis Azevedo deEsta pesquisa se propôs a discutir os sentidos dados para a aprendizagem de língua inglesa por um grupo de estudantes do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, paralelamente, delinear que sentidos foram construídos e ressignificados por mim como professora-pesquisadora sobre o ensino de língua inglesa durante o processo de pesquisa. A pesquisa buscou também fazer uma breve análise dos documentos que pautam a Educação de Jovens e Adultos comparando-os com os sentidos construídos pelos estudantes e por mim como professora-pesquisadora. A pesquisa é qualitativa, interpretativista (MOITA LOPES, 1994) em que os materiais empíricos gerados são organizados, interpretados e discutidos por mim, no papel de professora-pesquisadora, integrada ao processo de pesquisa e sala de aula. A ressignificação dos meus sentidos como professora partiu de um exercício de existir e pensar decolonialmente em sala de aula (MIGNOLO, 2014) e culminou na importância da construção de saberes localizados (CANAGARAJAH, 1999; MIGNOLO, 2014; KUMARAVADIVELU, 2001) e na necessidade da relação dialógica (FREIRE, 1987) no ensino. Discuti como possibilidades, no contexto da EJA, o ensino de língua inglesa na perspectiva de translinguagem (GARCÍA; WEI, 2014) e dos letramentos (BORTONI, 2012; SCHLATTER, 2009; SOARES, 2004). A discussão dos sentidos de aprender inglês dos estudantes apontou para uma busca de qualificação para o trabalho como ponto central para os estudantes trabalhadores assim como questões identitárias construídas em torno da língua inglesa ligadas a questões de poder, inclusão e exclusão social (RAJAGOPALAN, 2003; CANAGARAJAH, 1999). Os participantes demonstraram desejo de participação nas práticas culturais e sociais que envolvem a língua inglesa, assim como de pertencimento às identidades sociais que atribuem aos seus falantes (MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2007). Quanto às legislações, traço, em uma análise inicial, pontos em que percebo aproximações e distanciamentos entre legislações da EJA de âmbito nacional e estadual e as perspectivas teóricas que adoto na pesquisa.Dissertação Encontros com a EJA: construindo sentidos de aprender e ensinar inglês(2020-03-31) Almeida, Débora Torquato de; Mastrella-de-Andrade, Mariana RosaEsta pesquisa se propôs a discutir os sentidos dados para a aprendizagem de língua inglesa por um grupo de estudantes do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, paralelamente, delinear que sentidos foram construídos e ressignificados por mim como professora-pesquisadora sobre o ensino de língua inglesa durante o processo de pesquisa. A pesquisa buscou também fazer uma breve análise dos documentos que pautam a Educação de Jovens e Adultos comparando-os com os sentidos construídos pelos estudantes e por mim como professora-pesquisadora. A pesquisa é qualitativa, interpretativista (MOITA LOPES, 1994) em que os materiais empíricos gerados são organizados, interpretados e discutidos por mim, no papel de professora-pesquisadora, integrada ao processo de pesquisa e sala de aula. A ressignificação dos meus sentidos como professora partiu de um exercício de existir e pensar decolonialmente em sala de aula (MIGNOLO, 2014) e culminou na importância da construção de saberes localizados (CANAGARAJAH, 1999; MIGNOLO, 2014; KUMARAVADIVELU, 2001) e na necessidade da relação dialógica (FREIRE, 1987) no ensino. Discuti como possibilidades, no contexto da EJA, o ensino de língua inglesa na perspectiva de translinguagem (GARCÍA; WEI, 2014) e dos letramentos (BORTONI, 2012; SCHLATTER, 2009; SOARES, 2004). A discussão dos sentidos de aprender inglês dos estudantes apontou para uma busca de qualificação para o trabalho como ponto central para os estudantes trabalhadores assim como questões identitárias construídas em torno da língua inglesa ligadas a questões de poder, inclusão e exclusão social (RAJAGOPALAN, 2003; CANAGARAJAH, 1999). Os participantes demonstraram desejo de participação nas práticas culturais e sociais que envolvem a língua inglesa, assim como de pertencimento às identidades sociais que atribuem aos seus falantes (MASTRELLA-DE-ANDRADE, 2007). Quanto às legislações, traço, em uma análise inicial, pontos em que percebo aproximações e distanciamentos entre legislações da EJA de âmbito nacional e estadual e as perspectivas teóricas que adoto na pesquisa.


